... for bringuing me heeeeere, for showing me hoooooome..."
Ainda tá soando alto aqui o show do Depeche Mode de ontem a noite. Confesso que eu não estava arrancando os cabelos de empolgação - e a primeira vista o público também parecia não estar, de tão civilizado e uniforme que era - até o vocalista David Gaham arrancar a camisa e chacoalhar as tatuagens pelo palco enquanto cantava "Personal Jesus." Mas esse não foi o ápice do show, que foi bastante equilibrado entre hits clássicos e novidades. Pra mim, a melhor parte foi quando o guitarrista Martin Gore, de saia de couro e asas nas costas, pegou o microfone e cantou a lindíssima "Home" , do álbum Ultra de 97 (o momento da foto aí de cima, tirada com o celular). Aí eu até sentei, hipnotizada com a finesse da voz dele, pela letra da música e pelos beats super sexy. Não adianta, eu sou uma eterna sucker por melodia, baladeira no último (no sentido de gostar de "balada = música melódica", não de "balada = festa/noite"). Aliás, todos os momentos que o Gore assumiu os vocais foram mais memoráveis do que as investidas performáticas de Gaham.
O mais irônico foi que no fim das contas esse foi um show mais pra se assistir do que dançar. Além de o set list ter sido quase igualmente dividido entre hits de pista e baladas cheias de reflexões sobre o lado dark da vida, no palco os telões se posicionavam cada hora de uma maneira diferente, mostrando a banda em contexto com grafismos e imagens referentes a letra da música que tocava.
E Gaham, hm, só dava ele.
Bem bom.
Aliás, falando em show civilizado, explico: não só uma grande porcentagem da platéia já tinha passado ou estava beirando os 40 (Depeche Mode não é da minha época, menino!), mas também foram uns exemplos de educação. Quando todo mundo se levantou das cadeiras, e eu e a minha comparsa de 1 metro e meio Santie perdemos quase que a visão total do palco, um casal girafa perguntou se a gente não queria trocar de lugar com eles. Quando ainda assim não funcionou, dois funcionários viram nossa situação, chamaram a supervisora e conseguiram lugares pras duas nanicas na arquibancada, do lado do palco.
A educação britânica ainda me surpreende.
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