11.7.06

Paris

Voltamos pra Paris esse final de semana, depois de dois anos. Duas semanas rodando Londres foi mais do que suficiente pra deixar todo mundo meio de saco cheio, e já que a cidade-luz fica a duas horas e meia de trem, resolvemos aproveitar a chance. Pulamos num Eurostar (viajar de trem é TÃO melhor do que de avião) e chegamos no sábado a tarde, a tempo de fazer a rota básica dos monumentos (torre eiffel, sacre coeur, notre dame, arco do triunfo) antes de assistir a final da Copa. Foi coincidência, claro, mas foi uma das mais satisfatórias. No final de tarde de domingo fomos parar no Quartier Latin, numa área cheia de restaurantes e bares italianos, todos sendo aterrorizados pela torcida francesa que se acumulava nas ruas. Como a maioria dos estabelecimentos tinha colocado várias TVs ligadas na partida, a francesada toda se reuniu ás centenas em frente dos italianos, e durante o jogo inteiro tivemos que assistir em silêncio ouvindo gritos de "ALLEZ LES BLEUS!"... até a expulsão fenomenal do ídolo Zizou. Aí foi a vez dos poucos italianos (e nós) chutar o pau da barraca e gritar "ALLEZ ZIZOU!". No último pênalti, achamos melhor não arriscar (ninguém queria sair morto dali) e só deu pra gente apertar a mão um do outro e dar os parabéns. Pelo menos os "bleus" sentiram o que a gente sentiu em 98.

Fora isso, saí da cidade com um sentimento meio de vazio. Descobri que não gosto de "repetir" viagens. Se vou voltar pra uma cidade, que seja pra explorar outros lados, ter outras experiências. Eu tenho uma fascinação com a cultura francesa, principalmente com as mulheres. Elas são cheias dos mini-rituais, das pequenas tradições, desde a maneira como se vestem, até como comem, como andam na rua, como pensam. A minha vontade dessa vez era ter explorado a cidade dos franceses, não dos turistas. De ter descoberto lojinhas vintage, de comprar baguete fresquinha no mercado, de andar pelas feiras de rua, de passar a tarde enfiada em uma galeria, de ler e ver o movimento num dos cafés com mesinhas na rua. O que eu consegui foi sentar por algumas horas no Jardin de Luxemburg tomando vinho em taça de plástico, e tomar sopa de cebola num bistrôzinho em Montmartre. Mas foi tudo muito rápido, e o calor (e o fedor) dentro dos metrôs também não ajudou muito... fica pra próxima.

2 comments:

manoela ebert said...

Pois é, fiquei procurando eo Woody Allen no filme, achei que tinha me distraido e não vi, mas então ele nem apareceu!
Eu gostei bastante, justamente por ser monotono e ter uma bela reviravolta depois... enfim, muita gente também não acha esse o melhor filme dele.

ps: gostei do ditado da sua avó. hehe

beijo! =)

Anonymous said...

que legal hein,
mas,
quando voce volta?